domingo, 23 de dezembro de 2012
Ao Poeta...
Ao poeta que morreu entre as flores que cantou…
Choram sangue as pálidas rosas…
Murcharam de saudade os lírios e as camélias –
Pois o jardim ha muito foi abandonado
Pelo poeta e suas cantigas langorosas –,
Tudo morre n’atmosfera que outrora fora féerea…
Agora tudo é cinza, silêncio… solidão!
- Não mais os colibris a beijar as flores,
Ou os enamorados aqui a passear
E cantar os ais que lhes descoravam de paixão –
Tudo morre!... pois morreram os amores!
- Mas espere! Que vejo ali pelas folhas meio coberto?!
Oh céus, que horror!... é o poeta do jardim!
Morreu! Esquecido por todos, rasgou os pulsos num espinho.
Seu sangue se esvaiu pelo seu pulso aberto,
E asa rosas brancas tingiu de lustroso carmesim…
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário