domingo, 28 de outubro de 2012

Dest'alma




Ó sombra gloriosa, aqueles que vão morrer Te saudão, banhados nas lágrimas Dos que vivos ficam e, por nossas perdas Se enlutam! 
…E o ar do peito me vai furtando Tão doce; turvam-me os olhos mareados, E um manto frio de névoas me encobre Como se mortalha fosse. Agora sim! Por completo o sangue gelou Nas veias; já é findo todo o meu tempo E da vida desgraçada, já se foram da ampulheta As areias… Não chore por favor, não chore! Lembrai apenas com alegria Dest’alma que agora morre!

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