quinta-feira, 23 de maio de 2013

A dança de fogo e gelo – Sif e Aziz

A dança de fogo e gelo – Sif e Aziz

Todos já haviam se retirado da praia, menos Erik. Sentado sobre uma dimmu borgir , ele tentava debalde conter as lágrimas pensando na sua amada Sif.

“Ah! Sif. Por que tu tinhas de deixar-me aqui a esperar pelo dia em que uma espada, fainalmente atravesse meu peito p’ra me levar até tu? Deuses! Odin, grande Odin! Por quê?”

O vento soprou mais forte. As ruivas madeichas do guerreiro se agitaram. Tudo ficou tão gélido quanto uma nevasca em pleno inverno e então uma voz soou atrás do rapaz.
“Se queres saber, meu jovem, tua amada não se encontra nem nos meus domínios nem nos de Odin.”
“Quem está aí?” perguntou Erik se levantando brucamente e olhaando ao redor.
“Ora. Houve um tempo em que os mortais se curvavam diante de nós deuses.” Falou novamente a voz, desta vez se revelando. A visão fez com que Erik emudecesse. Tratava-se de Hella, deusa dos mortos. A deusa possuia metade de seu corpo como se fosse uma bela mulher de cabelos negros e faces rosadas e, a outra metade era de um terrível cadáver em decomposição.
“Primeiro te levantaste contra mim e agora te fazes de surdo às minhas palavras?” continuou Hella.
“N… nã… não. Digo… não temo tua presença e tampouco proferi ou fiz algo para vos ofender deusa Hella.” Disse o bravo guerreiro tentando manter-se calmo diante da terrível divindade. “Tu, grande deusa dos mortos, disseste que minha amada Sif não se encontra nem no mundo dos mortos nem entre os grandes deuses. Como é possível? Ela queimou viva junto ao corpo do pai…”
“Cale-se! Duvidas de mim?”
“Não, deusa Hella… eu só…”
“Tu… tu… tu só o quê? Esqueça-te de ti, vim, pois o dito pai de tua amada não conseguiu entrar em Valhäll e tampouco pode ir para meus dominios.”

Erik estava confuso. Se Sif não estava em Valhäll nem Nifelheim… “ela está viva!”
Gritou ele de felicidade. “não importa onde tu estás minha amada, hei de te encontrar em qualquer um dos Nove Mundos.”
“Que romântico. Mas uma alma deve servir de oferenda a mim, por me causar tanto transtorno, e eu quero a tua!” disse Hella pondo-se a frente de Erik.
Este num rompante desembainhou a espada e apontou para a deusa dizendo “não me importa se tu és deusa dos mortos e se és imortal, sei apenas que se eu tiver de lutar contigo ou qualquer outro ser para reencontrar a Sif, eu lutarei!”

“Guarde tua espada bravo guerreiro. Hella faria com que tu sentisses o gosto do aço dela. Mas isso, seria uma pena e eu não posso permitir.”
“Njord!” exclamou Hella “volte para as profundesas do mar seu covarde!”

Njord era o deus do mar e da pesca. Uma bela figura. Jovem, alto, cabelo loiro escuro e olhos tão azuis quanto o mar onde habitava.
“como disse… não deixarei que toques no rapaz, não enquanto ele estiver próximo aos meus dominios suaa bruxa. Agora volte para as nevoas d’onde jamais deveria ter saído abominação.”
“Pois muito bem” respondeu a deusa semi decomposta ao senhor dos mares do Norte. “por hora deixarei o rapaz em paz, mas somente por hora. Pagarás caro por ter-me feito descer de meu trono em Nifelheim e vir até Midgard.”
Ao termino disso, a deusa desapareceu envolta por um manto de nevoa.

“Bem meu rapaz, tu arranjaste uma inimiga e tanto.” Disse Njord com um leve sorriso a Erik. 
“E tu ganhaste um fiel seguidor bom deus dos mares. Tenho-lhe uma dívida e jamais me esquecerei disso.” Respondeu-lhe Erik.
“Ora, saberá pagar-me no momento certo, sei disso. Além do mais, fazia tempos que queriaa enxotar a Hella maneira…” ele fez uma pausa, logo continuando “Ouvi teu lamento, e apesar de não ter rogado a mim unicamente, sei o que é estar distante daquela que amamos. A tua Sif foi raptada por um barco bárbaro. Decidi não interferir, mas, agora sabendo de toda a hsitória, penso que posso lhe ajudar nobre guerreiro.”

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